Entre tantos entretantos,
Percebi um porém,
Perdido em meio aos porquês do dia-a-dia...
Lá esteva ele,
Discretamente instalado,
Com ar de "não estou nem aí",
Mas, estava...
Se mesclando de "a vida é assim mesmo"
Fantasiando-se de realidade
Ele buscou se anular, se esquecer
Se abominar de qualquer modo que o tornasse igual,
Parecido ou normal.
A realidade bateu forte sobre ele
De maneira brusca até,
E o castelo de asneira:
"A vida é assim mesmo"
Desmoronou sonho adentro
Descobrindo-o novamente.
Ele se mostrou abatido
E, mesmo no canto em que buscava
Bateu o pé, fez barulho
Arrumou um estrago danado
Dentro da consciência
Deixando os "conformes"
Quase loucos.
Numa tímida,
Mas decidida coragem,
olhei bem fundo nos olhos desse "porém"
Achando sem querer
A mim mesmo...